quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O esquecido Sitio da Trindade

Delimitado pelas estradas do Arraial e do Encanamento, em Casa Amarela, o Sítio da Trindade é um refúgio entre conjuntos residenciais e arranha-céus do bairro e arredores. Um oásis ainda pouco aproveitado e conhecido.

O sítio da trindade foi sede do MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR onde o principal objetivo foi difundir as manifestações da arte popular regional e desenvolver um trabalho de alfabetização para adultos. Entre os integrantes estavam o educador Paulo Freire, artistas, intelectuais e políticos como Germano Coelho, Francisco Brennand, Ariano Suassuna, Abelardo da Hora, José Wilker e muitos outros.

O potencial dos seus 6,5 hectares de área verde só é realmente reconhecido por quem arrisca uma visita ou o observa do alto de um dos prédios que o rodeia. Com apenas meio hectare a menos do que o Parque da Jaqueira, o espaço registra um público médio de 600 pessoas por dia durante a semana enquanto o vizinho recebe a visita de até 4 mil pessoas. Com um pouco mais de atenção e investimento, o local poderia se consolidar como uma alternativa de lazer para quem não quer esperar a recuperação e implantação de outros seis parques prometidos pela Prefeitura do Recife.

A maior parte dos freqüentadores, com exceção dos períodos festivos de São João e Natal, mora e estuda na vizinhança que usa a pista de cooper de 450 metros, a sombra das árvores para passar o tempo ou a área da concha acústica para jogar futebol. A bancária Eliude Martins freqüenta o espaço há duas semanas depois que o médico recomendou a inclusão de exercícios em sua rotina. “Estava muito estressada e sedentária. Ele me disse que eu não tinha escolha, então passei a caminhar”, contou. Ela mora no bairro e disse que optou pelo Sítio da Trindade por conta da localização. “Sabia que aqui tinha uma pista e posso vir a pé. Gostei muito porque é mais calmo do que a Jaqueira”, comentou.

Antigo frequentador, o morador do bairro de Casa Forte Jair Ribeiro vai diariamente ao local e destacou que o público é menor durante o fim de semana. “Muitas pessoas não conhecem o espaço, seria uma área excelente para crianças. Mas precisaríamos de mais brinquedos e segurança”, disse. Ele contou que já se sentiu ameaçado enquanto caminhava e pediu que os guardas o acompanhassem até o carro para evitar um assalto. Além da apontar a carência de equipamentos de musculação e brinquedos infantis, o potencial histórico foi lembrado por Ribeiro como atrativo. O sítio abriga escavações arqueológicas que revelaram a presença do Forte Real do Bom Jesus, construído como resistência brasileira à ocupação holandesa, entre 1630 e 1635.

Histórico - Em 1952, o local foi desapropriado e tombado, em 1974, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde então, recebeu diferentes propostas de uso. Segundo o secretário de cultura do Recife, Renato L, um grupo de trabalho foi montado para elaborar um projeto para o Sítio depois que a Prefeitura decidiu não transformá-lo em uma Refinaria Multicultural. A decisão, anunciada no ano passado, teve o objetivo de preservar o patrimônio arqueológico encontrado por arqueólogos. A intenção do grupo, que deverá apresentar o projeto ao prefeito até agosto, é manter e otimizar a vertente ambiental, histórica e cultural do espaço.

“Essas são características naturais do Sítio e vamos mantê-la para aproveitar o potencial. Já fizemos muita coisa, mas sabemos que ainda há um grande potencial a ser explorado“, disse Renato L.A secretaria receberá R$ 500 mil, obtido por emenda parlamentar, para investir em intervenções na concha acústica, em iluminação, equipamentos de lazer e outras melhorias na estrutura física. O recurso será repassado pela Fundarpe que, segundo ele, está providenciando os trâmites necessários.

Conheça o Sítio

Horário de funcionamentoDe segunda a sexta - 5h às 22h
Sábado e domingo - 5h às 19h

Áreas do espaço

6,5 hectares de área
450 metros de pista de cooper

Atividades no local

Academia da Cidade: segunda a sexta-feira, das 5h30 às 6h30 e 17h às 20h
Teatro infantil: aos domingos, 16h
Ciclos juninos e natalinos
Oficinas da Secretaria de Educação

Público médio
600 pessoas durante a semana
400 pessoas aos domingos

Economia




A economia de casa amarela é baseada no mercado e nas feiras, sem contar com as galerias, que nelas existe muitas lojas. Casa Amarela também é constituida por supermercados.


O Mercado público de Casa Amarela é um dos principais mercados da cidade do Recife. Foi inaugurado em 9 de novembro de 1930 e situa-se no bairro de Casa amarela.
Detalhe dos bares e restaurantes populares que ficam abertos 24 horas.Fica localizado no início da
Feira livre de Casa Amarela, a maior feira livre do Recife, na esquina da Rua Padre Lemos com a Estrada do Arraial. Em sua parte externa há compartimentos que servem alimentação (bares e restaurantes populares) que são as principais atrações, funcionando as 24 horas do dia.A oferta de produtos é diversificada, com a venda de carne de charque e queijo de coalho vindos do sertão, além de carnes, frios, peixes e crustáceos, armarinhos, ervas, flores, artesanato em palha, barro e diversos outros produtos. Dentro dele nós entrevistamos os donos das lojas para saber sua opnião sobre o mercado e se tinham conhecimento sobre ele e o bairro.


“Tenho esse local a 17 anos, o movimento aqui é mais ou menos. Sei que o nome Casa Amarela graças a uma casa, amarela, que virou uma farmácia. Sei que o bonde parava bem na frente da “casa amarela”. O mercado foi construído por holandeses, que spo foi inaugurado no ano de 1930.”disse um vendedor que mora em Casa Amarela à 56 anos.


“Tenho essa venda faz 12 anos, e sei que a arquitetura do mercado é francesa. Há muita ocilação de vendas, dependendo muito da época.”.


Lazer

Em Casa Amarela temos como restaurantes o Seu Cafofa, na estrada do encanamento, Tábua de Carne, na Rua da Harmonia, a Pizzaria do Gordo, na Rua Pe Lemos, a Família Lucco e o Kyoto na Estrada do Encanamento.

Fora esses restaurantes, a população pode se divertir indo para o Sítio da Trindade, principalmente em épocas festivas, onde sempre há novidades.

Mas mesmo assim os adolescentes reclamam da diversão do bairro. Reclamam que Casa Amarela é um bairro mais para trabalho que para diversão. Dizem que, para poderem se divertir, eles vão para os Shoppings mais perto do bairro, como o Plaza Casa Forte. Dizem que as poucas praças que tem em Casa Amarela são acabadas, e desertas, então eles ficam com medo de ir brincar nelas.

Transporte

O Sistema de Transporte Complementar de Passageiros (STCP) é um serviço oferecido à população do Recife desde novembro de 2003, em substituição ao transporte realizado por kombeiros, que conduziam seus veículos de maneira irregular e perigosa. A Prefeitura do Recife criou o sistema com o objetivo de proporcionar maior segurança e mobilidade aos cidadãos entre os bairros da cidade e em áreas de difícil acesso. Hoje o serviço, gerenciado pela CTTU, beneficia 43 bairros da capital pernambucana, com a operação de 12 linhas. Ao todo, o sistema chega a transportar cerca de 33.000 pessoas por dia.

O STCP/Recife é formado por dois tipos de linhas: alimentadoras e interbairros. Com caráter social, as alimentadoras transportam gratuitamente as pessoas que moram em áreas de difícil acesso até os terminais de ônibus mais próximos. Ao todo, seis linhas estão em operação, beneficiando cerca de 13 comunidades. Em alguns casos, os veículos são rastreados via satélite, através do sistema GPS. Essa fiscalização garante o melhor cumprimento das viagens e a qualidade do serviço oferecido à população. Futuramente, todas as linhas vão dispor dessa tecnologia.

As linhas interbairros, por sua vez, facilitam o deslocamento de pessoas entre os subúrbios da cidade, sem passar pelo centro do Recife e pelos corredores de ônibus. Neste caso, o transporte é remunerado e o usuário paga o valor equivalente à tarifa do anel 'A', ou seja, a passagem mais barata do sistema de ônibus. As seis linhas em circulação ainda garantem o benefício da meia passagem aos domingos e a estudantes, além da gratuidade para deficientes físicos e idosos. Com isso, o STCP/Recife supre a necessidade de deslocamento dos recifenses, completando o serviço de transporte dos ônibus.

A circulação de kombis e vans foi proibidas, segundo a lei de novembro de 2003. Atualmente há multas para os motoristas que insistem em circular com este transporte. Para os recifenses, hoje o transporte clandestino é passado. Mas, isso só foi possível porque, a partir de 2003, a Prefeitura do Recife colocou em prática a lei municipal que proibia o transporte remunerado de pessoas sem autorização do município e, ao mesmo tempo, criava o Sistema de Transporte Complementar de Passageiros (STCP). Assim, a prefeitura, com ajuda do Governo do Estado, fechou o cerco aos kombeiros, abolindo um tipo de transporte que colocava em risco a vida dos cidadãos e causava sérios problemas ao trânsito da cidade.


Para garantir o transporte da população do bairro, a prefeitura sempre vem aumentando a circulação no bairro. E atualmente, segundo alguns entrevistados do Mercado de Casa Amarela, o transporte público de Casa Amarela melhorou bastante nos últimos anos, mas eles continuam reclamando do conforto deles e da higiene.

Saneamento básico

A empresa responsável pelas coletas de lixo no bairro de Casa Amarela é a EMLURB. Esta empresa recolhe o lixo com os caminhões compactados que fazem circuitos pelos 43 bairros onde acontecem uma coleta domiciliar.
A EMLURB lançou um programa de conscientização para separar o lixo domiciliar reciclável, onde, em alguns bairros, a empresa e recolhe o lixo para ser levado a reciclagem.
A empresa responsável pelo saneamento básico do bairro é a ENCOSTA e a COMPESA, e praticamente todo o ano a prefeitura da cidade do Recife altera ou cria leis ou projetos para mehorar a qualidade do serviço para todos, principalmente onde a população é mais precária e necessita mais desses serviços.